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Laboratório de Neuropsicologia Computacional
Esse Projeto de Pesquisa envolve o Laboratório de Pesquisas de Neuropsicologia Computacional Rússia-Brasil (RUBRA Lab) e volta-se para uma linha de trabalhos de pesquisa em Ciências Cognitivas e Psicolinguísticas por meio de soluções informatizadas, nesse caso da criação de uma plataforma computacional de cunho neurocientífico: ARVORA.
O grupo de pesquisadores desse projeto já possui mais de quinze anos de experiência em instrumentos lúdicos computacionais de mensuração para capturar os processos de aprendizagem e avaliar a cognição e seus processos de representação e linguagem.
É urgente modelar novas metodologias neuropsicológicas, neuropedagógicas e neuropsiquiátricas avançadas com os recursos das tecnologias investigativas personalizadas e ampliar o acesso e a permanência na escola fundamental, especialmente nos primeiros anos da alfabetização e letramento. O sucesso desse processo pedagógico já foi mensurado e as inferências foram realizadas por métodos heurísticos computacionais.
O impacto das tecnologias incorporadas nas ciências cognitivo-linguísticas aplicadas na educação básica e na saúde mental, em especial na área de neurologia e neuropsiquiatria, sugere a necessidade de formação em campo e continuada de profissionais. Isso é essencial para desenvolver novos quadros de pesquisadores habilitados nessas competências técnico-científicas aplicadas para dar seguimento a importantes investigações futuras. A atividade da pesquisa como metodologia neuropsicológica/pedagógica/neuropsiquiátrica cotidiana nos postos de trabalho da educação e saúde requerem referenciais teóricos interdisciplinares.
O professor, o neuropsicólogo/pedagogo e o médico neurologista e neuropsiquiatra assumem um papel fundamental como facilitadores do desenvolvimento evolutivo do aprendizado e demandam por novas tecnologias que precisam oferecer instrumentos de avaliação e intervenção, capazes de lidar com problemas contemporâneos de forma ética e ágil, elevando a prática técnica à relevância de conhecimento acadêmico. O entrelaçamento entre gestores, pesquisadores, professores, técnicos e estudantes é crucial para estabelecer relações entre ciência e realidade social, fortalecendo e reconhecendo práticas pedagógicas bem sucedidas na universidade.
Este trabalho tem uma relevante contribuição para a metapsicologia da educação e para a epistemologia da medicina, desempenhando uma função crucial nas investigações, principalmente relacionadas aos processos de alfabetização, letramento e ao desenvolvimento cognitivo-linguístico de crianças e adolescentes em situação de alto risco social e com transtornos neuropsiquiátricos, intercorrências neurológicas do desenvolvimento disfuncionais, lesionais ou neuropatologias.
A representação dos esquemas cognitivos e a tramitação dos significados da linguagem se entrelaçam, adquirindo nexos secundários durante a construção do conhecimento.
Uma oportunidade é aberta para identificar aspectos lógico-sistêmicos do pensamento recursivo e da representação de significados matemático-linguísticos aplicados em contextos de conhecimentos gerais. Os resultados observados nesses tipos de aprendizagem apontam para a existência de uma sintaxe e uma semântica fundamental da mente, atuando como metamensagens subjacentes à conduta metacognitiva de representação de significados, criando funções polimórficas estratégicas em uma rede de signos percebidos externamente que constituem internamente redes conexas de conhecimento na memória de longo prazo.
A cognição ocorre sob uma cadeia de códigos que representam regras universais, próprias da matriz do inconsciente cognitivo, que possui uma organização aprendente autômata e epistêmica estrutural dinâmica.
A investigação realizada foca na análise de intencionalidades e, portanto, nos dados decorrentes das relações entre significações. Isolamos o comportamento considerado em sua universalidade, evoluindo ontogeneticamente no sujeito por meio de ciclos e saltos de estados cognitivos em sequências superpostas de formação.
As implicações desse trabalho demonstram que é crucial que a escola se transforme urgentemente para reconhecer as operações intelectivas subjacentes às ações diretamente observáveis, a fim de formular avaliações e atividades de intervenção neuropsicopedagógicas mais eficazes. Nesse sentido, a pesquisa científica acerca do assunto requer grandes investimentos por parte dos cientistas e seus governos, visando um futuro com adultos mais bem aproveitados durante a experiência escolar de todos os tipos de estudantes em sua neurodiversidade.